"A convite do escritor Fernando Farias e das
professoras Cris e Fabíola, fui falar com alunos do oitavo ano do
Colégio Oswaldo Lima Filho, no Recife. Grato por me receberem lá.
Foi legal me reconhecer em cada um daqueles adolescentes, alunos de uma escola pública (assim como eu, um dia), procurando saídas, buscando desvendar mistérios (com o olhar grave, às vezes, sobre a vida, alguns, mas... docemente). Falamos de literatura, claro. Eles haviam lido sobre a minha vida, meus livros, compuseram um rap biográfico, uma outra canção, fizeram perguntas e festa, uma tarde agradável.
Um deles, “Um certo Lucas”, como no título do livro de Cortázar, perguntou algo sobre o meu livro “Matriuska” que não ouvi de crítico nenhum. Ele perguntou:
— Se essas bonequinhas estão todas umas dentro das outras, e cada uma tem uma história, então, quando terminamos de ler um livro somos também umas matriuskas, porque as historiazinhas ficam dentro de nós, né?
— É. — eu respondi.
Dar um beijo naquele garoto podia resultar num gesto atrapalhado demais. Então, sorri.
Mas que deu vontade, deu".
SIDNEY ROCHA
Foi legal me reconhecer em cada um daqueles adolescentes, alunos de uma escola pública (assim como eu, um dia), procurando saídas, buscando desvendar mistérios (com o olhar grave, às vezes, sobre a vida, alguns, mas... docemente). Falamos de literatura, claro. Eles haviam lido sobre a minha vida, meus livros, compuseram um rap biográfico, uma outra canção, fizeram perguntas e festa, uma tarde agradável.
Um deles, “Um certo Lucas”, como no título do livro de Cortázar, perguntou algo sobre o meu livro “Matriuska” que não ouvi de crítico nenhum. Ele perguntou:
— Se essas bonequinhas estão todas umas dentro das outras, e cada uma tem uma história, então, quando terminamos de ler um livro somos também umas matriuskas, porque as historiazinhas ficam dentro de nós, né?
— É. — eu respondi.
Dar um beijo naquele garoto podia resultar num gesto atrapalhado demais. Então, sorri.
Mas que deu vontade, deu".
SIDNEY ROCHA
"Fiquei agradavelmente surpresa não só com o interesse dos alunos, mas também com a prontidão para o ato da leitura, principalmente no sentido de compreensão dos textos lidos. Me deu até vontade de começar a pensar num livro infantil, ou infanto-juvenil, coisa que nunca tinha me passado pela cabeça. Grata pelo convite e parabéns pelo projeto do Concerto de Leitura".
GERUSA LEAL
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